segunda-feira, 26 de abril de 2010

Serra diz que não é "trouxa" de "apagar" o Bolsa Família




O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que "não é trouxa" de acabar com o Bolsa Família, e disse que ampliará o programa do governo federal caso seja eleito, incluindo saúde e treinamento profissional. “Não sou trouxa, se eu for presidente não vou disputar com quem estava antes. Isso é um erro. O bom administrador não pode ficar de ‘picuinha’”, disse o ex-governador de São Paulo.

Em entrevista ao programa 'Brasil Urgente', da TV Bandeirantes, o pré-candidato afirmou que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ficou muito aquém daquilo que foi anunciado. No entanto, Serra reconheceu a participação de verbas do governo federal, via PAC, em obras realizadas no Estado de São Paulo, como o Rodoanel. Ao participar do mesmo programa, na última quarta-feira (21), a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, reforçou o uso de dinheiro do PAC nestas obras.

No dia em que a Folha de S. Paulo noticiou que o presidente Lula teria alertado sua pré-candidata para que fosse mais direta em suas respostas e passasse mais segurança na fala, Serra aproveitou para afirmar que acredita levar vantagem sobre Dilma em entrevistas de programas de rádio e televisão. No entanto, ele afirmou que não pretende explorar uma possível inexperiência da candidata na política. “Não vou bater nessa tecla. Se estou falando do que fiz, não quer dizer que estou falando o que o outro não fez”, disse.

Em tom bem humorado, Serra disse que “sapo de fora não chia”, ao ser questionado sobre as declarações positivas feitas pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao candidato. “Não vou dar palpite. Mas é claro que prefiro que o Ciro fale bem de mim”, afirmou o tucano em relação a Ciro, que deve confirmar amanhã (27) sua desistência da disputa pelo Planalto.

Na entrevista, o pré-candidato do PSDB defendeu ainda a criação do Ministério da Segurança Pública, afirmou que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) usa a reforma agrária com fins políticos e se disse favorável em manter relações com países como Venezuela e Irã, embora tenha criticado as violações aos direitos humanos registradas no país do Oriente Médio, como a execução de opositores do regime.


Por Hugo Drumond

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